terça-feira, 2 de junho de 2015

Dá pra melhorar isso, hein!

Hoje tive acesso a uma pesquisa que falava do perfil de viajantes brasileiros para cidades dos EUA em 2014... essa pesquisa, que teve os resultados divulgados no IPW, um grande evento do turismo norte-americano que está acontecendo neste momento lá na Flórida, mostrou que no ano passado mais de 2 milhões de brasileiros estiveram por lá.

Segundo a pesquisa, todas essas pessoas receberam informações prévias sobre a viagem de alguma fonte, e o que me chamou a atenção foi o fato de que 43% dessas pessoas tiveram informações através de amigos e parentes, enquanto apenas 19% tiveram orientações de agentes de viagens.

72% dos entrevistados viajaram a lazer, e fazer compras foi a atividade número um entre esses turistas. Entre os visitantes brasileiros, mais da metade aluga carro e dirige alegremente pelas estradas americanas (56% dos visitantes de 2014 o fizeram), enquanto apenas 32% utilizam traslados privativos. A estadia média é de 15 noites e a grande maioria (78%) se restringe a circular em apenas um estado ou mesmo em uma só cidade, sendo que os destinos mais visitados foram Orlando, Miami e Nova York.

*A notícia na íntegra você encontra clicando aqui.

Tá... mas e aí, o que isso tudo quer dizer? Muitas coisas! Muitas, mesmo. Quer dizer que o brasileiro tem se arriscado mais, deixando de lado a segurança dos grupos em excursão para se aventurar por conta própria sem guia, sem agente de viagem, contando apenas com informações de blogs, grupos de facebook, livros em pdf, etc. Aliás, falar em "apenas" chega a ser ironico se considerarmos a quantidade de informações que todos esses canais oferecem.

Viajar certamente ficou mais acessível, e o crescimento dos blogs e grupos fez com que muita gente encarasse uma viagem internacional com mais naturalidade e confiança. Se pensarmos que isso representa também um aumento na renda dessas famílias, que agora se dão ao luxo de sair do país nas férias, isso é incrível! Porém, precisamos lembrar que nem sempre as informações estão corretas e corremos um risco enorme de basear expectativas nas impressões dos outros, que por serem os outros terão referências totalmente diferentes das nossas.

Imagine que seu vizinho foi para a Disney e não gostou do Magic Kingdom. Imagine que antes da sua viagem (porque você também está indo pra Disney) ele resolva te dar dicas sobre a viagem dele. Imagine que ele foi tão enfático a ponto de você desistir de conhecer o parque mais visitado de Orlando, sonho de consumo de tanta gente. Não seria muito mais legal se você tirasse suas próprias conclusões?

Resumindo: há blogs e grupos maravilhosos, e há blogs e grupos nem tão maravilhosos assim. Há quem, como eu, visite Orlando profissionalmente há 15 anos ou mais e seja capaz de dar orientações precisas, pensando no bem estar da sua família e aproveitamento da sua viagem. E há quem esteja em busca de mais likes nas redes sociais, querendo reconhecimento público, descontos e benefícios de viagem, usando o "sou formador de opinião e tenho trocentos mil seguidores" como argumento. Eu acho sim que você como viajante deve buscar ajuda, se preparar, planejar roteiro... mas acho também que este deve ser um processo inteligente, baseado na SUA história de vida, nos SEUS objetivos, nas SUAS expectativas e com as fontes corretas de informação.

Já ia me esquecendo... e os agentes de viagem, onde entram nessa história?

Aí depende. Aqueles que souberam se adaptar e passaram a oferecer com flexibilidade os serviços de hotel, carro, ingresso e seguro a todos esses viajantes independentes continuam na ativa, isso porque todo mundo precisa de um lugar para ficar, precisa se deslocar, precisa ter o que fazer e quer a segurança de uma assistência de viagem. Esses agentes de viagem entenderam que, ao invés de competir com a internet, eles podem aproveitar essas ferramentas todas a seu favor. Esses caras criaram seus próprios blogs em suas agências, se aliaram aos grupos, investiram em conhecer esse mundo virtual e continuam com sua vasta carteira de clientes. Já quem não se adaptou...

Com números tão expressivos, afinal de contas 43% dos viajantes fizeram tudo sozinhos, tá na hora desse agente de viagem se transformar. Tenho um amigo que trabalha com isso há anos e atualmente adotou o nomadismo digital como estilo de vida - trabalha de onde estiver, viaja o mundo todo e ainda atende a todos os clientes com horário marcado no conforto de suas casas. Ele entrou na dança, se reinventou e pelo visto anda muito bem - pra cada lugar que ele vai, mais gente quer ir também... como você acha que ele ganha a vida, hein?

Enfim, dá pra melhorar isso! Dá pra aumentar esses 19% ano que vem, dá pra ser mais útil, mais presente na vida do cliente, dá pra conviver harmoniosamente com a internet. Tendo vontade, dá.

E a Change tá aqui pra ajudar. Capacite-se, você sendo um agente de viagens ou um viajante independente, tem coisa boa aqui pra você. Vem!

sábado, 22 de novembro de 2014

Quando a gente faz o que gosta...

Quando a gente faz o que gosta, trabalho é sinônimo de realização. Continua sendo trabalho, demanda dedicação, esforço, muita vontade, mas acontece. Quando a gente faz o que gosta, acordar no meio da noite porque teve uma ideia é comum, e poder desenvolver essa ideia sem precisar esperar o sol nascer ou o turno começar é um privilégio. Quando a gente faz o que gosta é difícil encarar as pessoas que acreditam pouco, que se desafiam pouco - é difícil encarar que você tem bem menos dinheiro do que o seu projeto precisa e que vai demorar o dobro para que ele se concretize. Vai se concretizar, mas será preciso muita paciência.

Quando a gente faz o que gosta, a fé em nós mesmos precisa ser constante, diária, uma fonte eterna e inabalável de que é possível, sempre. Quando a gente faz o que gosta, receber elogios é a certeza de que estamos nos caminho certo. A fanpage no facebook pode não ter atingido a quantidade de likes que você gostaria, mas certamente em algum ponto você tocou o coração de alguém.

A liberdade de fazer suas escolhas é o prêmio por ter começado a SUA jornada, e uma enorme responsabilidade também. A rotina sem rotina, de poder sair em horário comercial para passear com o cachorro ou viajar no meio da semana para visitar um amigo é incrível... e te faz trabalhar aos fins de semana, à noite e quando todas as outras pessoas estão de folga - é uma troca, simples assim.

Hoje tenho a minha empresa, o meu projeto, meu desafio de todos os dias. Tenho todas as regalias de uma pessoa que "faz home-office" e o ônus de ter que dividir essas horas com a máquina de lavar roupa, vassoura, pia e fogão, e ainda ouvir de vez em quando que já que estou em casa, posso fazer isso ou aquilo. Tenho orgulho do que estou construindo, e essa semana tive a alegria que lançar o meu site - chorei de alegria, sozinha, em casa, e quis dividir esse momento com alguém. A comemoração ficou para depois, quando meu noivo finalmente chegou depois do seu expediente de cartão batido, que por sinal, é o que me permite estar aqui hoje e pelo que sou muito grata. Ter alguém que te apoie e respeite seus ideais é fundamental, e sem ele, que é o amor da minha vida, eu não seria nem um alfinetezinho.

Hoje faço o que gosto, e continuo fazendo o que não gosto em várias ocasiões também. Faz parte, é a vida e até faz bem... faz a gente valorizar o que realmente importa. Então é isso, encontre algo que você goste e batalhe muito, corra atrás, seja feliz e faça feliz. Custa caro, mas vale a pena.

Não deixe de conferir o site da Change, ficou lindo!







quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Magia X Tecnologia

Foto: Disney
Já há algum tempo que, ao longo das temporadas em Orlando, ouço desabafos de guias contando suas frustrações sobre o quanto os passageiros estão cada vez menos interessados na "magia da Disney" e ainda menos preocupados em conhecer as pessoas, cara a cara.

Não é novidade para ninguém que, desde o boom dos smartphones, vivemos mais dentro de nosssos celulares do que fora, e seria até clichê dizer que passamos mais tempo interagindo com o mundo do que com a nossa própria realidade, já que a internet e suas redes sociais agora permitem sermos melhores amigos de infância de gente que muito provavelmente jamais iremos encontrar pessoalmente. Mas a questão aqui nem é essa, eu queria mesmo é te perguntar uma coisa: você que atua ou pretende atuar conduzindo grupos em Orlando, acha, de verdade, que a tecnologia e a internet atrapalham o seu trabalho?

Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Eu, que aprendi com a Tia Ginha (comigo na foto acima) a dizer o carinhoso 'bom dia flor do dia' e que me emociono toda vez que escuto, leio ou mesmo falo da história de Walt Disney, acho que não. Quer um exemplo? Assisti nesta manhã o vídeo Sparked, produzido pelo Cirque du Soleil, e me senti inspirada para escrever especialmente por causa dele! Assista clicando aqui.

Se você trabalha conduzindo grupos em Orlando e acha que é difícil contar a história dos parques e contagiar os passageiros com a tal magia da Disney, repense. Adaptar as atividades para o novo perfil de clientes que viajam em excursão é essencial, e isso inclui você levar seu próprio smartphone e usar as ferramentas disponíveis para facilitar a sua vida, e a deles!

Como você certamente já sabe, a Disney e a Universal oferecem apps gratuitos que mostram o tempo de espera das atrações, entre outras coisas. E como você com certeza também sabe, já existe wi-fi há algum tempo nos parques e shoppings. Fazer uso desses aplicativos é básico, todo mundo faz... o que faz diferença mesmo é como você usa essa tecnologia toda a seu favor.

Foto: Disney

Desafios no instagram, criação de grupo no whatsapp, # especial que identifique seus passageiros, postagens no facebook para tranquilizar os pais... esses e muitos outros são exemplos simples e que abrem um leque imenso de possibilidades para que você, que é um profissional antenado, possa se adaptar e fazer a viagem ser inesquecível.

Não pense que, por estar no celular o dia todo, seu passageiro está totalmente desinteressado no que você tem a dizer. Sem qualquer julgamento ou preconceito: é um jeito novo de viajar, simples assim. Fotografar e postar em seguida deixando os amigos com inveja faz parte! Se ele está ou não realmente vivenciando a cultura, conhecendo pessoas, experimentando coisas novas, bem, essa análise cabe somente a ele, cliente, que escolheu viajar com você porque se sentiria mais seguro assim. Seu trabalho é justamente deixá-lo tranquilo para curtir e compartilhar na rede quantas vezes quiser.

No fim das contas, por mais desligado que esse viajante lhe pareça, quando a saudade de casa aperta e o sinal de internet cai, nada substitui o abraço, o carinho e a atenção especial que só você sabe dar.

Até a próxima. Um beijo... e have a magical day!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Enquanto isso no Chile...

Enquanto isso no Chile... estou de férias!

Bom, nem tanto. É bem comum eu me pegar tirando fotos de coisas bacanas pensando 'meus alunos vão gostar de ver isso' ou mesmo fazer comparações construtivas sobre o que vejo em Santiago todos os dias. Vim para ficar 2 semanas, sem correria, sem aquela neura de acordar cedo e devorar o que a cidade oferece - optamos, eu e o Rafa (meu noivo), por curtir os dias de férias com tranquilidade, e assim estamos fazendo.

Acordamos tarde, curtimos a piscina, ficamos de bobeira tomando vinho na sacada, passeamos por diversos parques com longas pausas para sentar na grama e ver o visual sempre rodeado pelas cordilheiras. Vamos ao cinema, assistimos as séries da Warner em espanhol, comemos coisas diferentes, e paramos para relaxar sempre que temos vontade, afinal, queremos sossego. Isso tudo me faz refletir sobre uma coisa: ao escolhermos uma viagem, precisamos parar um pouquinho e pensar no que estamos buscando, de verdade. Do contrário, é possível que a gente precise tirar férias das férias! De nossa parte, estamos curtindo muito, sem consciência pesada por ficarmos em 'casa' a tarde toda. = )

Coisas legais sobre o Chile: eles usam, e muito, as bicicletas. Hoje mesmo conhecemos uma vinícola lindíssima, e fomos pedalando. Compramos o tour com a empresa La Bicicleta Verde, que eu achei fantástica e recomendo a quem vier pra Santiago. A cidade, aliás, é conhecida por ser uma das mais bike friendly do mundo.

Mais uma coisa bacana sobre Santiago: a cidade tem MUITOS parques, desses com gramados enormes, jardins, trilhas para caminhadas e claro, para as bicicletas. Ficamos surpresos ao ver tanta gente deitada na grama, em vários lugares, em vários horários do dia... sinal de que a vida aqui anda mais devagar, ao menos aparentemente. Descobrimos uma cidade onde moraríamos, felizes da vida!

Ah! Disney lovers de plantão: fomos a um parque de diversões daqui, o Fantasilandia, escrito assim mesmo! Difícil não sentir falta da segurança, atendimento, limpeza, entre várias outras coisas boas dos parques de Orlando, mas valeu a experiência.

Bom... voltamos em menos de uma semana, mas já sentindo saudades de casa, saudades da Polentinha principalmente, nossa filhotinha comprida e orelhuda. E viva o Chile, que é lindo e cheio de lições que nós, brasileiros, vamos levar pra casa - a primeira delas vai ser comprar nossas bicicletas.

Beijos a todos!

Jantarzinho na sacada, o chef mandou muito bem!
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Pôr-do-Sol da cobertura do nosso prédio
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Cerro San Cristobal, vista de Santiago lá de cima
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Os cães chilenos sabem se divertir!
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Pueblito de Los Dominicos - Centro de Artesanatos
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Passeio pela Vinícola Concha y Toro
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Escultura no Cerro Santa Lucia, uma amostra da cultura mapuche
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Fazendo nada no Parque de las Esculturas
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Depois da montanha-russa, achamos melhor ficar na zona kids mesmo...
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Vinícola Cousino Macul, bicicleta + vinho na sombra de uma bela árvore, pra quê mais?
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

International College Program - 10 anos depois...

Na entrada do condomínio onde morava
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal
Outro dia, pensando em como o tempo passa rápido, me dei conta de que já faz 10 anos que participei de meu primeiro programa de trabalho na Disney, senti saudades.

Saudades dos tempos de Chatham, de Dynamic Bus, de andar pelos túneis e imprimir o schedule naquelas máquinas da break room.

Main Street USA - limpando a área depois da parada
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal
Passei por um processo seletivo cheio de entrevistas, e então recebi aquela ligação tão esperada do STB... me telefonaram confirmando minha primeira opção de trabalho: custodial, que é o responsável pela limpeza.

Embarquei em novembro de 2003 - ainda era under (menor de 21 anos) quando saí de casa para morar fora do país. Naquela época era como se eu estivesse indo ali, na cidade vizinha, não fazia ideia da importância daquele passo, nem podia imaginar o que aqueles 3 meses me renderiam.

Alguém lembra o nome dessa máquina?
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal
Trabalhei como custodial em Main Street U.S.A. no Magic Kingdom, e por pior que fossem os shifts de limpeza, eu adorava ser custodial. O trabalho em si era pesado, muitas vezes exaustivo, mas ter a liberdade de andar pelo parque e conversar com gente do mundo inteiro era extremamente compensador.

De roupinha branca, gente...
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal
Tive o privilégio de assistir ao Wishes (show de fogos em frente ao castelo da Cinderela) praticamente todas as noites, e a melhor parte do dia era ver que com a saída dos visitantes eu tinha aquele pedacinho de parque só pra mim... imagine a Main Street vazia, o Castelo iluminado e você ali, admirando cada cantinho com exclusividade, era mágico.

O programa acabou, retornei ao Brasil e as coisas por aqui continuavam na mesma. A diferença estava em mim: meu ICP (International College Program) me marcou de tal forma que depois disso, fiz mais um programa na Disney, me especializei na operação de grupos para Orlando e hoje tenho uma empresa de treinamento para profissionais do turismo que queiram aprender mais sobre... Orlando!

De fato, MUITA coisa aconteceu. No coração, a vontade de levar cada vez mais pessoas para aquele mundo encantado só aumenta - tem quem duvide, não goste de fantasias, histórias de princesas e seus príncipes, e respeito isso. Mas não há quem ignore o poder de um sonho, e acreditar que sonhos podem se tornar realidade é a essência daquele lugar.

Limpando alguma bebida derramada
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal
ICP Winter 2003/2004 - Magic Kingdom Custodial... nossa, como o tempo passa! E como a memória guarda tantas coisas boas. Quem viveu essa experiência sabe do que estou falando, e aos que ainda não tiveram essa oportunidade, recomendo que participem - se não mudar alguma coisa na sua vida, no mínimo, você entra nos parques de graça por algum tempo, e ainda recebe pra isso! Tem como não gostar?

Ah! ICPs de plantão que tiverem a name tag tatuada no coração, o CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE ORLANDO vai ser sensacional, uma super oportunidade de continuar proporcionando magical moments pra muita gente!


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Capacitação e Aperfeiçoamento para Profissionais de Orlando, FL

Pois é... estava aqui fuçando no meu antigo blog, e encontrei o texto abaixo, escrito em 2010.

"Pensando no que escrever, me veio à cabeça o trabalho mais divertido que um profissional do turismo poderia ter: conduzir grupos em Orlando! Então vamos lá, vamos falar desses caras... esses sim, sabem curtir a vida! Imagine só, viajar para a Disney e ainda receber por isso?! Deve ser mesmo muito legal, né?

Muita gente pensa assim, e pensa que conduzir passageiros em Orlando é isso aí, SÓ isso aí. Pelo contrário minha gente, isso dá é um trabalho danado!!! E muitas vezes, esse trabalho danado não é assim tão bem remunerado, podendo até nem ser remunerado. É um trabalho que exige muita paixão, muito carinho, muita paciência e muita resistência física. Sem falar nos outros requisitos, como ter o inglês na ponta da língua, ser pontual, paciente, bem humorado, alegre, gostar de crianças, adolescentes, adultos, idosos, funcionários de cias. aéreas, agentes de imigração, seguranças, recepcionistas, maleteiros, motoristas, cozinheiros, vendedores, fotógrafos e mais um montão de gente... tem que gostar de todo mundo! Ter um sorriso permanente, não fazer questão de cabelo lisinho e escovado, ser capaz de se aprontar em 2 minutos, ser resistente ao frio, chuvas, trovoadas e sol de 40 graus, estar disposto a dormir pouco, comer rápido e falar muito. Abrir mão do twitter, do orkut, do msn, e-mail e facebook, e muitas vezes abrir mão do contato com pais, filhos, namorados e amigos, ao menos enquanto durar a viagem. Sem falar nas compras! Deles? imagina... dos passageiros deles!!! Muitas vezes é preciso carregar sacolas, guardar sacolas, esperar por mais sacolas e depois distribuir todas essas sacolas de novo aos verdadeiros donos. Enfim, um trabalho exaustivo, extremamente exigente e que certamente nem Capitão Nascimento, nem Chuck Norris aguentariam... eles pediriam para sair, com certeza.

Apesar de tudo isso aí em cima, e de muitas outras coisas que acontecem e que não caberiam neste espaço, levar passageiros pelos parques de Orlando é algo que mexe com a gente, mesmo. É gratificante a ponto de querermos voltar todas as temporadas, pois o que aprendemos a cada grupo que acompanhamos é algo que não tem preço - nossos passageiros, sejam de onde forem e com a bagagem que tiverem, não imaginam as lições que nos ensinam... mesmo que sejam lições do tipo "o que não fazer". Por um período curto de tempo, porque nessas viagens o tempo passa muito depressa, somos a referência para uma quantidade de pessoas que buscam mais do que orientação; elas precisam de atenção, de carinho, de doação. Profissionais de plantão que me corrijam se eu estiver errada: nada nos satisfaz tanto quanto os olhinhos brilhantes de sonho realizado em nossos passageiros, certo? Ah sim, os cupons de desconto e o Haagen-Dazs no Mall at Millenia também são bacanas.

Então é isso, conduzir grupos em Orlando dá um trabalhão, mas o divertimento nos bastidores e fora deles valem a pena. O que falta é a profissionalização de toda essa gente, que está sujeita aos acontecimentos mais bizarros e, que sem a correta orientação, pode colocar em risco o trabalho de todos aqueles que amam e desempenham maravilhosamente este papel..."

De 2010 pra cá, muitas mudanças aconteceram - o acesso à internet praticamente revolucionou o dia-a-dia das viagens. Se antes não havia wi-fi na maioria dos lugares e o uso de celulares era desencorajado, hoje a situação se inverteu e cada vez mais os passageiros fazem uso dessas ferramentas, seja para o simples contato com quem ficou em casa, seja para a atualização instantânea de fotos nas redes sociais. Fato é que o comportamento dos grupos mudou, e com isso, a necessidade de adequação dos profissionais é ainda maior. Muitos se perguntam: essa turminha do celular e facebook ainda acredita em magia?

Ao contrário do que se pensa, falar de sonhos com essa geração não é tempo perdido... precisamos é descobrir o caminho das pedras, reciclando conhecimentos e usando toda essa nova tecnologia a nosso favor.

Em resposta a essa necessidade de adaptação dos profissionais, a Change Treinamento está promovendo a CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA PROFISSIONAIS DE ORLANDO, a ser realizado nas cidades de São Paulo e Londrina à partir de outubro/2013. Vai ser muito legal!!! E sim, estou super empolgada! Tudo está sendo preparado com muito carinho e dedicação, um projeto no qual mergulhei de cabeça - e muito coração. = )

Quer mais informações? Entre em contato com a Change!